Durante nossos projetos de consultoria, acabamos por diversas vezes nos deparando e nos envolvendo com a vida financeira das pessoas, sejam os empresários, os parentes dos empresários, e até mesmo nossos familiares e amigos nos chamam para dar a famosa ajudinha.
O mais impressionante é que em sua maioria são pessoas, que não são pobres, mas criam situações de endividamento que outras pessoas com salários menores acabam tendo uma tranquilidade financeira maior.
E podemos falar, são impressionantes os erros básicos cometidos que encontramos em nossas avaliações financeiras. Erros que cumulativamente acabam por destruir seu patrimônio sem você nem perceber, te deixando pobre, quando na verdade você poderia fazer seu dinheiro trabalhar por você.
Vamos comentar agora os mais comuns.
Querer aparecer gastando o que não tem
Hoje em dia, com Facebook, Instagram e outras mídias, as pessoas buscam freneticamente aparecer, a qualquer custo, o grande problema é que a maioria das pessoas, simplesmente NÃO TEM condições de bancar a vida que querem mostrar.
Então se endividam para comprar roupas, carros, celulares, acessórios, e fazer viagens que depois não terão como pagar, e ai parabéns, uma dívida foi criada.
E divida meu caro, é um monstro devorador de dinheiro, do seu dinheiro.
Dica: Se é supérfluo, e não tem dinheiro para comprar, NÃO COMPRE! Não faça algo só para agradar os outros, agrade a si e seu bolso.
Gastar mais do que tem com algo que precisa
Esse já é mais delicado, ele pega no detalhe, no dia a dia. E é um dos maiores ofensores do seu bolso. A pessoa precisa de algo, seja um produto do mercado, um presente, um carro, ou uma casa.
O salário da pessoa a enquadra na classe C, o que levaria naquele momento a pessoa, já que considera uma necessidade, comprar algo da classe C, muitas vezes com muito esforço para caber no orçamento, mas o que ela faz? Compra da classe A. Mesmo sem ter a menor condição para isso.
O que já poderia ser um esforço grande comprar algo da Classe C, as vezes até tendo que fazer um financiamento, acaba se tornando uma tarefa absurda pois decidiu comprar o produto da Classe A.
Dica: Aprender a viver com que tem e com o que pode pagar. Compre apenas o que sua renda permite.
Enrolar dívidas
A regra é clara, não tenha dívida, principalmente se o motivo da compra for fútil, mas você está lendo isso agora e já tem dívida, o que fazer? Pague!
Toda dívida tem juros, outras além disso, ainda possuem taxas, quando você enrola uma dívida, quanto mais tempo demora para pagá-la, maior será o valor total que irá pagar. E pior a maior parte do que você paga é juros e não valor real do produto, ao final você poderia ter adquirido dois do mesmo produto que comprou pelo preço que pagou. Principalmente se for relacionado ao cartão de crédito.
Dica: PAGUE IMEDIATAMENTE toda e qualquer dívida. Idealmente, economize e compre depois, de preferência a vista, o que muitas vezes ainda gera desconto no valor total. Mas caso seja algo de muita necessidade, parcele ou financie, mas se limite ao que seja possível pagar em um prazo curto de tempo.
Investir tendo Divida
Não há qualquer investimento no mercado que dê um juros maior do que é cobrado no seu financiamento, seja de casa, carro, etc. Não adianta querer investir na bolsa, tesouro, debêntures, enquanto os juros + taxas estão corroendo seu dinheiro do outro lado. Liquide a dívida. Sempre!
Dica: Em caso de dívida, liquide todos os investimentos e pague a dívida, mantendo somente um dinheiro separado para a reserva de emergência.
"Está dando para pagar"
Outro bem comum, a pessoa faz um crediário, ou financiamento, todo mês aquele dinheiro é descontado, o mês termina e não sobra nada, determinado dia, muitas vezes depois de anos, (ou MUITOS ANOS), a dívida termina e ai, o que ela faz, ao invés de passar a guardar aquele valor que era gasto na dívida para construir um patrimônio, ela começa uma nova divida, afinal de contas, "está dando para pagar".
Dica: Não faça crediário, não tenha financiamento, se não tem dinheiro não compre, se realmente necessita, junte o máximo que der, financie o mínimo possível, e adquira somente o que é viável para sua renda.
Se acostumar com despesas fixas
Esse é um dos mais comuns, a pessoa aceitou um benefício do banco que tinha uma taxa, ou pegou um plano de telefonia, ou entrou para um clube, e alguns anos depois nem mesmo lembra do porquê daquele dinheiro saindo do salário todo mês, mas também não faz nada para averiguar e eliminar/diminuir a despesa.
Dica: As despesas, todas, mesmo as fixas, devem ser revisitadas, as fixas pelo menos anualmente. Por exemplo: as empresas de celular lançam planos novos o tempo todo, e muitas vezes o seu plano está sendo oferecido por um valor mais barato do que está pagando e com mais benefícios, fique atento.
Misturar as finanças da empresa com a própria
Essa é para os empresários. É sabido que no início de uma empresa ainda não há geração de caixa, ou pouca, e é inevitável que sejam feitos aportes do seu dinheiro para sustentá-la. O problema é que a contabilização não é feita adequadamente e quando vemos, tem lançamento de despesa escolar no controle financeiro da empresa, lançamento de despesa com Internet da empresa no orçamento familiar, e todas as confusões que se pode imaginar.
Ausência de Planilha de Controle
E por último, não adianta, se você vive nesse mundo, precisa de dinheiro, ele é o motor de tudo que está a nossa volta, gostemos ou não. Sabendo disso, não há como ter uma vida financeira saudável, se você nem mesmo controla o quanto ganha x o quanto gasta. Existem diversos modelos na internet e aplicativos que auxiliem isso, a forma não importa, o que importa é ter o controle.
E você como estão suas finanças? Precisando de ajuda? Interessado em uma planilha de controle? Entre em contato.