A Motorola nos anos 80 durante forte crise para se manter competitiva começa a focar na diminuição da quantidade de peças defeituosas somente a partir de uma melhor gestão e para isso começou a aplicar o 6sigma.
O objetivo é atingir o ponto ideal, e quase utópico, de ZERO defeitos/erros, ou seja o nível máximo de qualidade possível. E por esse motivo essas duas palavras estarão quase sempre juntas.
Mas qual o motivo desse nome?
O Sigma ( σ ) é do alfabeto grego e representa um conceito estatístico. É uma medida de dispersão, é o desvio padrão de uma população. Não entraremos na explicação matemática do conceito para não tornar o post extenuante, o tema não é simples.
Apenas tenha em mente que 6sigma, em uma distribuição normal, representa 99,7% dos valores. Pelo gráfico abaixo vemos que se a produção de peças pela Motorola estiver contida nele, quer dizer que ela atingiu um nível ótimo de qualidade pois praticamente todas as suas peças estão dentro dos limites aceitáveis de erros. (Contando de -3σ a +3σ = logo 6σ).
E na prática??? Como é aplicado nas empresas e no mercado?
Na prática o 6sigma é ótimo para problemas que envolvam grandes dados, tornando a análise muito rica, sendo evidenciado as distribuições e dispersões dos erros, como no caso das peças com defeito.
Um outro exemplo clássico é a quantidade de garrafas de refrigerante que terminam a linha de produção com menos, ou mais, de 2 litros, algumas terminarão com 1,8, outras com 2,2. Em ambos os casos é ruim para a empresa, pois mais de 2l é custo extra, e menos, é baixa qualidade percebida pelo cliente.
Independente dos conceitos estatísticos e matemáticos o que mais se tem visto é o 6sigma como um conceito de qualidade, muito parecido com o PDCA.
Tendo as seguintes etapas abaixo: Analisar, Melhorar, Controlar, Definir e Medir.
Mas e uma empresa pequena, de serviços, como um salão de beleza, tem alguma aplicação?
Sim!
Exemplificando:
Jorge possui um salão e resolve contratar uma consultoria para entender seu problema, durante o trabalho, é descoberto que os clientes não estavam ficando plenamente satisfeitos com o serviço. Jorge não acreditou.
A consultoria resolveu implementar um controle de qualidade sobre os cortes, e descobriu que apenas 55% do clientes ficavam satisfeitos com o serviço, a partir disso implementaram um controle de qualidade. Foram descobertas as causas de insatisfação, no geral era relacionada a demora no atendimento.
Essas causas sofreram ações de intervenção e controle, como o agendamento de serviços com prazos mais verídicos de duração do corte.
O gráfico mostra a distribuição do novo tempo de espera dentro dos limites aceitáveis (LSC e LIC), se percebe que nesse período somente 2 cortes (pontos vermelhos) extrapolaram os tempos estabelecidos.
Ao final de 3 meses, os resultados começaram a aparecer, com a diminuição dos atrasos, e o aumento de satisfação dos clientes. Mas o trabalho não termina, como dito, é um ciclo constante de aprendizado, avaliação e controle, sempre implementando no salão as melhorias necessárias.
E sua empresa, utiliza o 6 Sigma? Não sabe? Fale conosco que te ajudaremos a responder.
Está cheio de problemas no seu negócio, ou quer abrir um, entre em contato e vamos conversar sobre isso.