Na gestão DE processos o foco está em cada processo de modo particular, seu controle e melhoria operacionais.
Já na gestão POR processos o trabalho é mais abrangente, sendo importante integrar e obter sinergias, de modo que os resultados dos processos fiquem ligados aos objetivos da empresa.
Essa discussão passou a existir mais recentemente com a evolução das organizações, que aos poucos deixam de ser departamentalizadas e passam a atuar mais matricialmente.
Desse modo, os processos que antes eram vistos somente de maneira vertical e setorizada, restrita a uma área, passaram a ser mais horizontais, cruzando diversas áreas.
Na prática a gestão plena por processos é utópica. No mercado, acabamos vendo somente iniciativas esparsas em alguns processos core, o que já é um grande passo, dado que as empresas, em sua maioria ainda são burocratizadas.
Exemplificando as diferenças em caso concreto:
Uma empresa de TI que aluga servidores resolveu fazer um trabalho de processos, e o setor de recursos humanos foi escolhido aleatoriamente, os diretores acreditam que esse setor teria as atividades mais facilmente mapeadas. Os processos seguiram então a esteira natural foram identificados, desenhados, executados, monitorados e melhorados.
O cenário é uma típica gestão de processo. Incluindo erros básicos como a escolha da área por ser mais fácil, sem qualquer verificação de alinhamento estratégico ou da cadeia de valor.
Outro erro comum, os processos são mapeados somente dentro do setor, sem alinhamento verificação, ou continuidade com qualquer outra área, como se nascessem e morressem dentro dele próprio. O que de fato é bem raro, o comum é que processos circulem por diversas áreas dentro da empresa.
Esse mesmo caso, em uma gestão por processo ocorreria da seguinte forma, um processo seria escolhido pela importância estratégica, preferencialmente relacionado a cadeia de valor, algo como devolução de equipamentos alugados. As atividades desse processo seguiriam para a mesma esteira citada, mas sem se limitar a um único setor, ou seja, seria avaliado de ponta a ponta, cruzando todas as áreas relacionadas, desde a logística que retira o equipamento, pelo armazenamento, pela manutenção, que irá reparar as máquinas danificadas, ao jurídico e comercial, para cobrança dos prejuízos de mal uso, e retorno para o armazenamento que disponibilizará para uma nova locação.
E na sua empresa qual é o modelo utilizado? Gestão de ou por processo?